sábado, 30 de setembro de 2017

OUTRO TEMA POSSÍVEL PARA O ENEM 2017

PROPOSTA: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I


Texto II
“Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.” (Simone de Beauvoir)

Texto III

31/10/12 07:00 Atualizado em16/09/15 10:24

Nomofobia: doença provoca dependência do celular. Aprenda a perceber os sintomas

Quantas vezes você já se pegou checando e-mails pelo celular no horário do almoço? Ou verificando, a cada cinco minutos, se chegou uma nova mensagem de texto? Se você se identifica com as situações acima, cuidado: esses podem
ser sinais da nomofobia — síndrome em que o paciente fica dependente do telefone ou da internet.
— Aquela pessoa que usa muito o celular por causa do trabalho, ou por algum outro motivo, não necessariamente tem a doença. Mas se o esquecimento do aparelho em casa já é suficiente para gerar um sofrimento, é preciso procurar ajuda — explica a pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, Anna Lucia Spear King.
A PhD em Saúde Mental estudou o tema em sua tese de doutorado. No estudo, 34% dos entrevistados sem problemas psicológicos afirmaram ter alto grau de ansiedade sem o telefone por perto. E 54% disseram ter "pavor" de passar mal
na rua sem o celular.
— A nomofobia não costuma aparecer sozinha. Em geral, está associada aos transtornos de ansiedade, que podem ser síndrome do pânico, transtorno bipolar, estresse pós-traumático, entre outros. Tratando essas doenças com remédios e terapia, a nomofobia também desaparece.
(...)

Vício Global
Uma pesquisa feita pela revista "Time" e pela Qualcomm, em diversos países, mostrou que o uso do celular está cada vez mais intenso. Dos cinco mil participantes, 79% disseram que se sentem mal sem o telefone. No Brasil, 58%
afirmaram que usam o celular a cada 30 minutos e 35% a cada dez minutos.(Fonte: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/nomofobia-doenca-provoca-dependencia-do-celular-aprenda-perceber-os-sintomas-6593799.html)


Texto IV

terça-feira, 26 de setembro de 2017

GUIA DO ESTUDANTE DIZ:


Professores indicam temas para a redação do Enem 2017

Meio ambiente e fake news estão entre as apostas dos professores

Por Paulo Montoia

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das coisas aguardadas com mais ansiedade pelos vestibulandos. Não há como adivinhar qual será o de 2017, mas pedimos a coordenadores de diferentes cursinhos que dessem sugestões de temas aos quais vale a pena ficar de olho.
Embora as apostas tenham variado, quase todas tinham algo em comum: tratam de questões sociais, seguindo o que seria uma tendência observada nos dois temas das provas de 2016, a intolerância religiosa e a racial. 

Cyber bullying (Highwaystarz-Photography)
Educação: Bullying – O assunto ficou em destaque com a série 13 Reasons why, exibida na Netflix, sobre uma garota que comete suicídio porque, entre outros motivos, sofreu bullying na escola. Como outros temas da prova, este também recebeu lei específica e recente do governo federal (lei 13.185/2015). “Seria uma forma leve de abordar um tema de educação, área que nunca foi abordada na prova, e que está na pauta do dia do país junto com outros fatos de impacto político e social”, diz Thiago Braga, professor e coordenador de redação do Colégio e Cursinho pH, do Rio de Janeiro.
Internet: Notícias falsas – As notícias falsas (fake news) ganharam maior destaque após influenciarem importantes fatos políticos, como a acirrada vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, e o resultado do plebiscito Brexit, que definiu a saída do Reino Unido da União Europeia, ambos fatos marcados por inúmeras notícias falsas divulgadas na internet. O mesmo já ocorrera no Brasil nas eleições de 2014. A disseminação dessas notícias levou os gigantes Google e Facebook a adotar medidas de controle do que é veiculado. A aposta é de Ana Paula Dibbern, professora de Português e Redação do Cursinho Maximize, em São Paulo.
Veja também
Tecnologia e sociedade: Tecnovícios – a relação viciante que os brasileiros experimentam no uso de telefones celulares multimídia. O uso intenso de smartphones envolve inúmeros aspectos, como na família, em educação, na saúde e no trânsito, entre outros. A dica é do professor Sérgio de Lima Paganim, Supervisor de Português do Curso Anglo, em São Paulo.
Saúde: Obesidade – Ela está em crescimento no país. Segundo a última pesquisa por amostragem, feita por telefone pelo Ministério da Saúde, nos últimos dez anos a obesidade subiu de 11,8% das pessoas consultadas para 18,9%. Mais da metade dos consultados (53,8%) disseram que estão com excesso de peso; há dez anos eram 42,6%. Foram ouvidas mais de 53 mil pessoas com 18 anos ou mais de idade.
“A redação do Enem costuma funcionar como forma de conscientizar as pessoas sobre o tema escolhido. As famílias, país afora, discutem o assunto que caiu na prova. É o que aconteceu com a questão da persistência da violência contra a mulher, por exemplo. Na esfera da saúde do brasileiro, temos dois dados bastante preocupantes: o crescimento da obesidade e também o das ocorrências de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, destaca Dibbern, do Maximize. O tema é também aposta de Braga, do Curso pH.
Emissão de fases do efeito estufa e lixo: problemas ambientais poderão ser tema da redação (M.Baisan/iStock)
Meio ambiente: responsabilidade ambiental – “Após episódios como o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana, o corte de recursos do Fundo Amazônia pelo governo da Noruega, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Aquecimento Global, entre outros fatos, os temas ligados à questão ambiental ganharam destaque e podem aparecer na redação. Dentre os recortes possíveis, merecem atenção a poluição urbana em lixo e transporte, o desmatamento e a geração de energia”, aposta Dibbern.
“Se quiserem falar da questão ambiental e fugir do polêmico tema Amazônia, eles vão abordar a questão do lixo e da reciclagem. O país quase não faz coleta seletiva de lixo e recicla pouco. Acho que esse tema viria endereçado a uma questão geral, como a responsabilidade das empresas, ou a necessidade de difusão de uma cultura de coleta seletiva e de reciclagem”, avalia Braga, do pH. Paganim, do Anglo, também avalia os temas de Meio Ambiente como fortes para cair na prova.
Outros temas citados:
Internet: a polarização de posições e opiniões nas redes sociais.
Patrimônios imateriais: como preservar e valorizar elementos culturais das matrizes africanas e indígenas.
Presídios superlotados: como garantir dignidade e oportunidades fora da criminalidade para pessoas privadas de liberdade.
Preconceito linguístico; desafios da mobilidade urbana; a ocupação dos espaços públicos; e respeito aos direitos do público LGBT.
Sérgio de Lima Paganim, do Curso Anglo, tece ainda um comentário e uma dica:
“Há uma ambiguidade em discutir temas possíveis para a redação, pois o tema será o recorte de um grande assunto que envolveu a vida nacional nos anos recentes. Por um lado, uma indicação nossa pode alertar o candidato menos preparado para a necessidade de se informar e de se preparar melhor para a prova. Por outro, quando esse grande assunto vira tema da redação, ele recebe um recorte e ali, no momento da prova, é crucial observar o enfoque e a coletânea preparada pela banca que especificam esse recorte. Por isso, recomendo que, nessa reta final, os candidatos busquem provas anteriores e façam um exercício de leitura de cada recorte apresentado, no Enem e em outros vestibulares”.
 Também colaboraram nesta reportagem: Eclícia Pereira, do Cursinho da Poli, Gabriela Carvalho, do Curso Poliedro, Luciano Ricardo Segura, do Curso Intergraus, e Ivan Paganotti, do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

VENHA PARA MAIS UM TEMA!

TEMA DE REDAÇÃO: A QUESTÃO DA XENOFOBIA NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A questão da xenofobia no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 

TEXTO I

Mohamed Ali, refugiado sírio residente no Brasil há três anos, foi hostilizado e agredido verbalmente em Copacabana, região nobre do Rio de Janeiro, onde trabalha vendendo esfihas e doces típicos.  Em vídeo publicado nas redes sociais é possível ver um homem exaltado que grita repetidas vezes “sai do meu País!”, ostentando dois pedaços de madeira nas mãos e ameaçando o refugiado. “O nosso país tá sendo invadido por esses homens bombas, que matam crianças”, diz, em discurso xenofóbico. […] Ali manifestou-se nos comentários do vídeo. “Eu, Mohamed, sou este rapaz que foi humilhado. Estou aqui faz três anos. Vim pro Brasil porque eles abriram as portas para todos os refugiados. Todos os meus amigos estão trabalhando. Estamos trabalhando arduamente. Estou muito sentido porque nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo”, afirmou, no comentário que já recebeu 2,2 mil likes. (Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-no-rio-expoe-a-xenofobia-no-brasil Acesso em 11 agosto 2017)

 

TEXTO II

No Brasil, xenofobia é crime tipificado na lei 9.459, de 1997. Seu primeiro artigo diz: serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.  “Vim com amor, porque os amigos sempre diziam que o Brasil aceita muito outras culturas e religiões e as pessoas são amáveis e todos os refugiados procuram paz. Não sou terrorista, se eu fosse, eu não estaria aqui, estaria lá lutando como eles fazem”, afirma, agradecendo a todos que o defenderam. Apesar da fama de “cordial” e de receber bem imigrantes, o aumento das denúncias mostra um lado triste do Brasil. Entre 2014 e 2015, os casos aumentaram 633%, pulando de 45 para 333 registros recebidos pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, via plataforma Disque 100. Na Justiça, quase não há registros de denúncias que prosseguiram ou de xenófobos punidos.  Olhando os dados de 2015 mais de perto, vê-se que os principais alvos de preconceito são os refugiados. As principais vítimas são haitianos (26,8%), depois pessoas de origem árabe ou de religião muçulmana (15,45%). (Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-no-rio-expoe-a-xenofobia-no-brasil Acesso em 11 agosto 2017.)

 

TEXTO III 

O Ministério da Justiça lançou, nesta terça-feira (13), a segunda etapa da campanha de sensibilização e informação contra a xenofobia, o preconceito e a intolerância a imigrantes. A iniciativa é parte do esforço do governo para o acolhimento a estrangeiros que vivem no País e sofrem preconceito. A campanha é exclusiva para as redes sociais e será feita por meio das hashtags #EuTambémSouImigrante e #XenofobiaNãoCombina. (Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/10/campanha-vai-combater-xenofobia-e-intolerancia-a-imigrantes-nobrasil  Acesso em 11 agosto 2017)

 


TEXTO IV