quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AGORA, POR QUE DISSERTAÇÃO?




Muitos se perguntam por que a dissertação é a tipologia textual mais cobrada em vestibulares e concursos Brasil afora.
A resposta é muito simples: as universidades não querem poetas, contistas, trovadores, romancistas, etc.
As academias privilegiam o texto dissertativo porque esta é a forma de se descobrir se o sujeito (postulante ao curso superior) é uma pessoa antenada, atualizada, conhecedor do mundo, tem leituras prévias, ou seja, se ele é um agente ativo da comunidade em que vive.
Também é uma forma de preparar o estudante – embora com um texto primário, primitivo no Ensino Básico – para os textos acadêmicos mais evoluídos e que têm como base a dissertação: resenhas, artigos, monografias, teses.
A principal característica, porém, de se solicitar a redação dissertativa nos exames é o fato do “terceiro grau” ser o lugar do debate, da discussão, do ponto de vista, fundamentado sempre em teóricos.
As aulas, antes mastigadinhas e didáticas do E. B., são propostas de forma diferenciada nas faculdades: o discente correndo atrás do seu conhecimento, discutindo com o professor em sala de aula, opinando, elaborando seminários, textos, enfim... se virando sozinho, tendo o docente como mero “orientador” (quando não desorienta!).
Por tudo isso, o texto que facilita essa abordagem universitária, que promove essas intervenções e interações nos cursos escolhidos, é o dissertativo, para a felicidade, ou infelicidade, geral da nação.

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